Neste janeiro de 2009, reverenciamos a todos os que, em janeiros passados, tombaram pela fúria política de terroristas. Os seus algozes, sob a mentira de combater uma ditadura militar, na verdade queriam implantar uma ditadura comunista em nosso país. Para isso, atentaram contra o Brasil e agora lhes negam até mesmo o lenitivo de serem pranteados por nós.
Nestes tempos de esperança, cabe-nos lutar para que recebam isonomia no tratamento que os "arautos" dos direitos humanos dispensam aos seus assassinos, que hoje recebem pensões e indenizações do Estado contra o qual pegaram em armas.
A lembrança deles não nos motiva ao ódio e nem mesmo à contestação aos homens e agremiações alçados ao poder em decorrência de um processo político legítimo. Move-nos, verdadeiramente, o desejo de que a sociedade brasileira lhes faça justiça e resgate aos seus familiares a certeza de que não foram cidadãos de segunda classe, por terem perdido a vida no confronto do qual os seus verdugos, embora derrotados, exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda, urdida por um revanchismo odioso.
A esses heróis o reconhecimento da Democracia e a garantia da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha sido em vão.
10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima - (Marinha Mercante - Rio Negro / AM)
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes “Dr. Ramon”, o qual, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a falecer no dia 10/01/68.
07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida - (Dona de casa – Rio de Janeiro / RJ)
Uma bomba jogada por terroristas, embaixo de uma viatura policial, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou a jovem Alzira, de apenas 18 anos de idade, uma vítima inocente que na ocasião transitava na rua.
11/01/69 – Edmundo Janot - (Lavrador – Rio de Janeiro / RJ)
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.
29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria (Subinspetor de Polícia) e José Antunes Ferreira (Guarda Civil) – BH/MG
Durante a abordagem de um um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo, identificado por Pedro Paulo Bretas, “Kleber”, a equipe de segurança foi recebida por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva, “Cesar” ou “Miranda”, que, com 11 tiros, mataram o Subinspetor Cecildes Moreira da Silva, que deixou viúva e oito filhos, e o Guarda Civil José Antunes Ferreira, ferindo, ainda, o Investigador José Reis de Oliveira. No interior do “aparelho”, foram presos o assassino Murilo Pinto Pezzuti da Silva o os terroristas do Colina: Afonso Celso Lana Leite, ”Ciro”; Mauricio Vieira de Paiva, ”Carlos”; Nilo Sérgio Menezes Macedo; Júlio Antonio Bittencourt de Almeida, “Pedro”; Jorge Raimundo Nahas, “Clovis” ou “Ismael”; Maria José de Carvalho Nahas, “Celia” ou “Marta”, e foram apreendidos 1 fuzil FAL, 5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.
17/01/70 – José Geraldo Alves Cursino - (Sargento PM – São Paulo / SP)
Morto a tiros por terroristas.
07/01/71 – Marcelo Costa Tavares - (Estudante – 14 anos - MG)
Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais.
Participaram da ação: Newton Moraes, Aldo Sá Brito, Macos Nonato da Fonseca e Eduardo Antonio da Fonseca.
18/01/72 – Tomaz Paulino de Almeida - (sargento PM – São Paulo / SP)
Morto, a tiros de metralhadora, no bairro Cambuci, quando um grupo terrorista roubava o seu carro.
Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Movimento de Libertação Nacional (Molipo).
As famílias dos assassinos João Carlos Cavalcante Reis e Lauriberto José Reyes foram indenizadas pela Lei nº 1.140/95.
20/01/72 – Sylas Bispo Feche - (Cabo PM São Paulo / SP)
O cabo Sylas Bispo Feche, integrava uma Equipe de Busca e Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda, quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi, covardemente, metralhado por eles.
Os assassinos do cabo Feche, ambos membros da Ação Libertadora Nacional (ALN), mortos no tiroteio que se seguiu, foram Gelson Reicher “Marcos” que usava identidade falsa com o nome de Emiliano Sessa, chefe de um Grupo Tático Armado (GTA) e já tinha praticado mais de vinte atos terroristas, inclusive o seqüestro de um médico; e Alex Paula Xavier Pereira “Miguel”, que usava identidade falsa com o nome de João Maria de Freitas, com curso de guerrilha em Cuba e autor de mais de quarenta atos terroristas, inclusive atentados a bomba na cidade do Rio de Janeiro.
As famílias dos assassinos Gelson Reicher e Alex Paula Xavier Pereira foram indenizadas pela Lei nº 9.140/95.
25/01/72 – Elzo Ito - (Estudante – São Paulo / SP)
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, morto por terroristas quando roubavam seu carro.
Os mortos acima relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações, mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome à escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro.
Texto adaptado de: TERNUMA