Peru vai Melhorar Serviço de Inteligência para Combate ao Terrorismo
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Peru vai Melhorar Serviço de Inteligência para Combate ao Terrorismo




O novo ministro da Defesa do Peru, José Urquizo, anunciou que o país reativará os comitês de autodefesa e melhorará o sistema de inteligência para enfrentar em ótimas condições o narcoterrorismo no Vale dos Rios Apurimac e Ene (VRAE).
Ele explicou que o governo tem uma estratégia clara para essa zona do país, cuja finalidade é separar a população das redes do narcotráfico, do terrorismo e da economia ilegal.
Durante a cerimônia de saudação aos altos comandos das Forças Armadas, Urquizo lembrou o êxito do trabalho dos comitês de autodefesa na luta contra o terrorismo, nas décadas de 80 e 90.
De acordo com o ministro da Defesa, as ações na região são a prioridade máxima de sua gestão.
José Urquizo revelou ainda que o governo peruano irá aumentar substancialmente o orçamento para a inteligência e a aquisição dos equipamentos necessários às operações.
"As ameaças à segurança que enfrentamos nos últimos anos têm a ver com a debilidade da capacidade do Estado para produzir inteligência necessária", observou o novo ministro.
José Urquizo também enfatizou a importância de se dar continuidade ao processo de modernização das Forças Armadas, tornando mais transparentes as compras e licitações no setor.
Para isso, o ministério da Defesa do Peru decidiu criar a Agência Central de Compras Militares.
De acordo com o ex-ministro da Defesa, Alberto Otárola, a decisão evitará demoras e tornará mais eficiente o processo de compra de bens e serviços pelas Forças Armadas.
Otárola explicou que a Agência Central de Compras Militares irá centralizar as aquisições dos institutos armados e permitirá o desenvolvimento planejado e de economia de escala nas compras, como ocorre nos países mais avançados do mundo.
Ele destacou ainda que essa agência dotará de maior transparência e eficiência os processo de aquisições por seu caráter técnico, sua independência e o seu pessoal profissional civil e militar especializado.
Segundo Otárola, "a Agência Central também vai melhorar o controle e a execução do orçamento destinado à Defesa".
Fontes militares informaram ao InfoRel que a atuação da Agência Central evitará ainda qualquer possível negociação ilícita entre o ente requerente e os representantes ou intermediários, sejam peruanos ou estrangeiros.
Além disso, ficou definido que o Peru irá priorizar as compras Governo a Governo, como no caso da aquisição de um sistema de armas para o país. Isso será possível por meio dos acordos de cooperação já existentes. As empresas intermediárias serão eliminadas do processo.
"Desta maneira não apenas estaremos garantindo a idoneidade do bem ou serviço que se adquire e a seriedade do provedor, mas também se melhorará a posição de negociação do Peru para a fixação dos preços definitivos da oferta", informou Alberto Otárola.
Ele enfatizou que a nova política considera como elemento central nas aquisições, a transferência de tecnologia e o desenvolvimento do sistema de offset como requisito indispensável no caso das compras Governo a Governo.
O projeto de implantação da Agência Central de Compras Militares será executado pela Direção Geral de Gestão Administrativa para a Defesa, órgão vinculado ao ministério da Defesa. Otárola recordou que em sua gestão, o governo priorizou as compras corporativas.
Atualmente, o país conta com onze desses processos em negociação.
"O bom desses processos é que alcançamos a standarização dos bens e uma maior eficiência econômica", concluiu.
Fronteiras
Nos dias 15 e 16 de maio, o governo peruano realizou na Universidade Amazônica de Madre de Deus, em Puerto Maldonado, o I Foro de Fronteiras Amazônicas do Peru, organizado pela Direção de Desenvolvimento e Integração do ministério das Relações Exteriores e o Departamento de Ciências Sociais da Universidade Católica do Peru.
A chancelaria peruana informou que o Foro foi um evento acadêmico para discutir a situação atual e as perspectivas de futuro das fronteiras amazônicas do país com o Brasil.
Neste sentido, foram estudadas as características da fronteira amazônica peruana em seus aspectos econômico, social, ambiental e institucional e as influências externas, em particular na região próxima à fronteira brasileira.
Outras duas edições estão previstas para este ano em Pucallpa e Iquitos e respondem a estratégia de conhecer e difundir a problemática dos espaços fronteiriços amazônicos em maior profundidade.
Participam dos eventos, funcionários nacionais e regionais, docentes universitários, representantes de sindicatos e instituições da sociedade civil, além do público interessado no desenvolvimento da Amazônia com critérios de sustentabilidade ambiental.
Fonte:  Info Rel



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