Na manhã de 28 de janeiro de 2010, o presidente Lula acordou invocado, saiu da cama sem falar com Marisa Letícia, vestiu o mesmo terno da véspera e foi para o Planalto sem fazer a barba. Entrou no gabinete em silêncio, chamou aos berros o secretário Gilberto Carvalho, ordenou-lhe que lesse em voz alta o noticiário sobre a posse festiva do presidente Porfírio Lobo, ocorrida na manhã anterior, e perdeu a paciência com Honduras.
Mais invocado que nunca, ligou para o Obama sem chamar o intérprete, exigiu que o companheiro conversasse em brasileiro, quis saber se a White House iria mesmo reconhecer o segundo governo golpista e, ao ouvir que sim, soltou o tremendo "iú ar a san ófi a bitch" que aprendera dois dias antes com Celso Amorim. Antes que Barack Obama desse um único pio, em inglês ou português, renunciou oficialmente ao título de Cara, rompeu relações com os EUA e jogou o celular pela janela.
Colocou os pés sobre a mesa, ordenou a Gilberto Carvalho que parasse de bater palmas e convocasse para uma reunião, em caráter de urgência urgentíssima, os companheiros Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim, Dilma Rousseff e Nelson Jobim. Pediu o jornal da véspera, escreveu duas letras na linha vertical superior das palavras cruzadas, parou para descansar e começava a dormir quando ouviu batidas na porta. Os convocados estavam lá, avisou Gilberto Carvalho.
Na abertura da reunião, o presidente declarou instalado o Conselho de Guerra da República, composto pelos presentes, e nomeou o ordenança Gilberto Carvalho para cuidar da ata. No improviso de 25 minutos, encarregou Marco Aurélio Garcia de articular a montagem da Frente Bolivariana de Combate aos Golpistas em Geral, incumbiu Celso Amorim de conseguir o apoio logístico da Nicarágua, mandou Dilma Rousseff incluir no PAC as obras necessárias para a ocupação do país inimigo e promoveu Nelson Jobim a almirante-de-esquadra e chefe da Marinha de Guerra.
Depois de nomear-se Chefe Supremo do Conselho de Guerra, proclamou a independência do prédio da embaixada em Tegucigalpa, transformou-o em sede da República Bolivariana de Honduras, entregou a presidência da caçula da ONU ao companheiro Manuel Zelaya e ordenou a Gilberto Carvalho que enviasse um buquê de rosas à primeira-dama Xiomara.
Terminada a reunião histórica, Lula resolver contar o que fizera ao amigo hondurenho, pediu a Dilma Rousseff que emprestasse o celular e ligou para Tegucigalpa. E então soube que Zelaya acabara de reconhecer o novo governo e abandonara a pensão. Sem pagar a conta.
Mais invocado que nunca, ligou para o Obama sem chamar o intérprete, exigiu que o companheiro conversasse em brasileiro, quis saber se a White House iria mesmo reconhecer o segundo governo golpista e, ao ouvir que sim, soltou o tremendo "iú ar a san ófi a bitch" que aprendera dois dias antes com Celso Amorim. Antes que Barack Obama desse um único pio, em inglês ou português, renunciou oficialmente ao título de Cara, rompeu relações com os EUA e jogou o celular pela janela.
Colocou os pés sobre a mesa, ordenou a Gilberto Carvalho que parasse de bater palmas e convocasse para uma reunião, em caráter de urgência urgentíssima, os companheiros Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim, Dilma Rousseff e Nelson Jobim. Pediu o jornal da véspera, escreveu duas letras na linha vertical superior das palavras cruzadas, parou para descansar e começava a dormir quando ouviu batidas na porta. Os convocados estavam lá, avisou Gilberto Carvalho.
Na abertura da reunião, o presidente declarou instalado o Conselho de Guerra da República, composto pelos presentes, e nomeou o ordenança Gilberto Carvalho para cuidar da ata. No improviso de 25 minutos, encarregou Marco Aurélio Garcia de articular a montagem da Frente Bolivariana de Combate aos Golpistas em Geral, incumbiu Celso Amorim de conseguir o apoio logístico da Nicarágua, mandou Dilma Rousseff incluir no PAC as obras necessárias para a ocupação do país inimigo e promoveu Nelson Jobim a almirante-de-esquadra e chefe da Marinha de Guerra.
Depois de nomear-se Chefe Supremo do Conselho de Guerra, proclamou a independência do prédio da embaixada em Tegucigalpa, transformou-o em sede da República Bolivariana de Honduras, entregou a presidência da caçula da ONU ao companheiro Manuel Zelaya e ordenou a Gilberto Carvalho que enviasse um buquê de rosas à primeira-dama Xiomara.
Terminada a reunião histórica, Lula resolver contar o que fizera ao amigo hondurenho, pediu a Dilma Rousseff que emprestasse o celular e ligou para Tegucigalpa. E então soube que Zelaya acabara de reconhecer o novo governo e abandonara a pensão. Sem pagar a conta.
Fonte: Augusto Nunes