Afinal, a demissão de Jobim foi resultado de uma crise política ou o início de uma crise militar ?
Carreira Militar

Afinal, a demissão de Jobim foi resultado de uma crise política ou o início de uma crise militar ?


por Políbio Braga
O decreto abaixo poderá explicar as crescentes crises de mau humor do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, e também justificar a pressa com que a presidente Dilma Roussef demitiu-o e chamou para conversar, esta manhã, no Palácio do Planalto, os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Vale a pena ler com atenção. A demissão de Jobim e a nomeação de Amorim pode não ter sido apenas uma crise política, mas sobretudo uma crise militar.
DECRETO DE 4 DE AGOSTO DE 2011
Transfere, parcialmente, dotações orçamentárias constantes 
dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, 
do Ministério da Defesa para a Presidência da República,
no valor de R$ 543.168.486,00, e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Medida Provisória nº 527, de 18 de março de 2011, e a autorização contida no art. 66 da Lei nº 12.309, de 9 de agosto de 2010,
DECRETA:
Art. 1º Ficam transferidas, parcialmente, do Ministério da Defesa para a Presidência da República, dotações orçamentárias constantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União (Lei nº 12.381, de 9 de fevereiro de 2011), no valor de R$ 543.168.486,00 (quinhentos e quarenta e três milhões, cento e sessenta e oito mil, quatrocentos e oitenta e seis reais), de acordo com os Anexos I e II a este Decreto.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Fica revogado o Decreto de 1º de junho de 2011, que transfere, parcialmente, dotações orçamentárias constantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, do Ministério da Defesa para a Presidência da República.
Brasília, 4 de agosto de 2011; 190º da Independência e 123º da República.
DILMA ROUSSEFF
Iraneth Rodrigues Monteiro
Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.8.2011
Download para anexo
O inaceitável Amorim causa tensão ao ser escolhido. Dilma tenta acalmar militares.
A escolha do ex-chanceler Celso Amorim para o cargo de ministro da Defesa revela muito mais do que parece sobre a natureza do governo de Dilma Rousseff:
1) A escolha de um embaixador, de novo, indica que o governo do PT não vai se preparar para a guerra e sucateará as Forças Armadas.
2) Amorim é inimigo dos EUA e amigo do Irã, dos regimes árabes opressores, de Chavez e Fidel.
3) Sem somar um só voto no Congresso, um só apoio nos Partidos e um só gesto de simpatia dentro das Forças Armadas, o ex-chanceler Celso Amorim revela a falta de apetite da presidente Dilma Rousseff pela arte da política.
 Os militares não gostaram da escolha de Amorim. Dilma soube disto e de manhã chamou os generais para conversar. Estavam presentes na residência oficial o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto; o general de Exército, Enzo Martins Peri; e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito

Afinal de contas, por que Nelson Jobim forçou sua saída do governo Dilma Rousseff, do PT?
Esta é a pergunta que o editor fez a pelo menos uma dúzia de líderes gaúchos do PMDB e a amigos de velha data do ex-ministro da Defesa. As hipóteses:
1) Ele esperava mais da presidente Dilma Rousseff e se decepcionou com ela no meio do caminho.
2) O ex-ministro alarmou-se com o nível baixíssimo de ministros como Ideli Salvatti e Gleise Hoffmann, mas não só.
3) A percepção de que Dilma Rousseff não conseguirá enfrentar a crise econômica global que vem aí, afundando-se num mar de problemas do tipo que afogou FHC no seu segundo mandato, por razões iguais.
4) Nelson Jobim não quer conviver com o mar de lama que vai mostrando a cara.
Por trás de tudo isto, estaria a convicção formada por Nelson Jobim de que a presidente Dilma Roussef é um fracasso anunciado.
Fonte:  Políbio Braga
COMENTO:  me vejo na obrigação de repercutir um dos comentários postados no sitio do Políbio - "A Dilma escolheu um pôney maldito para o cargo." A comparação entre a propaganda e o desempenho político-profissional do Megalonanico dispensam mais comentários.



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