Agnaldo Del Nero Augusto – General de Divisão Reformado
 “La vem, como o furacão/ A desabar da montanha./ E na truculenta sanha./ No  torvo rancor eterno./ De recalcada vindita./ Vibra essa prosa maldita/. Como um  corisco do inferno. “
 Bulhões Pato (Livro do Monte) 
 O fanático, movido pela paixão, sobrepõe-se à lucidez e à razão. Atormentado com  sua idéia fixa de vingança, amargurado por sua obsessão, ultrapassa os limites  da lógica. 
O ministro Paulo Vannuchi ultrapassou a lucidez e todos os limites da  ordem democrática, ao declarar que o presidente do Supremo Tribunal Federal  (STF) Gilmar Mendes “não pode ser simpático à ditadura”. (O ESP 10/11/08).  Extravasou o seu ódio pelo Ministro Mendes que, ao responder à pergunta de um  jornalista sobre a imprescritibilidade do crime de tortura, afirmou que se  tratava de uma discussão com dupla face: O texto constitucional diz que também o  crime de terrorismo é imprescritível. 
Vannuchi teve a desfaçatez de perguntar  “quem são os terroristas”? Ele não foi só simpático ao terrorismo, participou da  ALN, organização terrorista liderada por Marighela, autor do Minimanual do  Guerrilheiro Urbano, que iniciava com a seguinte proclamação: “
Hoje, ser  ‘violento’ ou um ‘terrorista’ é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa  honrada porque é um ato digno de um revolucionário engajado na luta contra a  vergonhosa ditadura militar e suas atividades”. Marighela ao criar sua  organização criminosa, expediu documento às demais organizações subversivas,  onde critica as que buscavam evoluir na base do puro proselitismo e faz alerta  claro: “
Sendo o nosso caminho o da violência, do radicalismo e do terrorismo, os  que afluem à nossa organização não virão enganados, e sim atraídos pela  violência que nos caracteriza.”
Quando Vannuchi aderiu à ALN, aderiu, automaticamente, a esses preceitos, ou foi  enganado, era um ignorante, um inocente inútil?Consta que teve um parente morto na luta armada, cuja família já recebeu  indenização, por ter perdido a guerra. Alguém já disse, em certo momento, que já  não se sabia se essa era uma nobre luta, ou um bom investimento. Com a criação  da ‘Bolsa Ditadura’, além de terroristas, tornaram-se sicários.
Um juiz não tem que expressar simpatia nenhuma, tem que interpretar a lei. 
Se a  interpretação é contrária ao desejo, aos propósitos dos revanchistas, vem a  contestação, não a contradita, não a alegação forense, mas a tentativa de  desqualificação, ou mesmo a injúria. Não foi assim com o parecer da Advocacia  Geral de União sobre o mesmo tema? Não se fez pressão sobre os advogados,  inclusive com a interferência do apedeuta-mór? 
O senhor Vannuchi, em documento  enviado a AGU, não só contestou o parecer, mais do que isso, desqualificou o  Ministério Público, que, no seu conceito, não é competente para atuar na área  dos direitos humanos. Ele é competente, o assunto é do interesse de todos. Com  respeito, atendo-se ao texto da lei, a AGU contestou a ação do Ministério  Público Federal.
Nessa entrevista, com o maior cinismo, o Sr Vannuchi, perguntou: quem são os  terroristas? Como se eles não existissem. Alguns são seus colegas de Ministério.  Muitos foram seus companheiros de militância. Abram os Arquivos e saberão quem  são os terroristas. São tantos que é inviável nominá-los em um artigo, mas eles  têm sido indicados, com nome, sobrenome e seu(s) respectivos codinomes no site  do TERNUMA, que ele bem conhece. 
Não surpreende, se com o mesmo impudor, amanhã  perguntar: que atos terroristas? De que atos de terror vai querer saber? Do  primeiro, realizado na manhã de 31 de março de 1966, no Parque Treze de Maio, em  Recife, ou o mais impactante, realizado em 25 de julho, desse mesmo ano, marco  inicial da luta terrorista, perpetrado no Aeroporto Internacional de Guararapes,  também em Recife, com duas mortes e onze feridos, entre eles três mulheres e uma  criança. Das ações contra organizações militares, do estraçalhamento do corpo do  sentinela Mario Kozel Filho ou o massacre do tenente Alberto Mendes Jr. Dos  assassinatos do Major Edward Von Westenhagem, do capitão Charles R. Chandler, do  marinheiro inglês David Cutthberg. Do terrorismo seletivo, de que foram vítimas  o industrial Henning Albert Boilesen, o delegado Dr Octávio G Moreira Junior, o  comerciante Manoel H de Oliveira. 
O Dr Vannuchi sabe o que é o terrorismo  seletivo e com que propósito são perpetrados. Voltemos às suas declarações. Que objetivos tinha ao lançar essa injúria pública  ao eminente juiz, presidente do Tribunal, que ao fim deverá por cobro à  polêmica? São várias as hipóteses. Deixo à reflexão do leitor a escolha da mais  adequada.
A ofensa à dignidade ou decoro de um juiz é da maior gravidade. Em especial se  parte de um ministro, e se essa ofensa é dirigida, publicamente, ao presidente  do Supremo Tribunal Federal. Quebra-se a harmonia e arranha-se a independência  entre os poderes, princípio basilar da democracia e faz periclitar o Estado de  Direito.
Mexeram no vespeiro e 
quando se aproxima a hora da verdade, bate o desespero e  expõem sua truculenta sanha.Fonte: Ternuma
  
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