Carreira Militar
Tiriricando o Plenário
 
 
por Gilberto Barros Lima
 
Quando se ignora a escolha de um candidato para gerenciar o País, esse  indivíduo pode ser considerado um cego intelectual, mais ainda, a  decisão equivocada e sustentada pelo senso comum é como a corda no  próprio pescoço, não estamos isentos da responsabilidade de nossas  atitudes. 
Cada decisão errada gera uma determinada consequência,  ou seja, aquilo que plantamos resultará sérios problemas, pois o que  semearmos não atenderá os objetivos e os anseios que tanto carecemos.
Infelizmente  herdamos uma cultura que nos afasta cada vez mais da realidade  política, ignoramos erroneamente a única oportunidade para mudar as  coisas, essa cultura fortalece a corrupção e a continuidade de um  processo viciado em benesses e vantagens somente para o grupo político.
O  ponto mais preocupante desse cotidiano é que nos momentos que aparecem à  oportunidade de reverter o quadro, a própria sociedade se esquece da  necessidade de mudança e resolve que num processo de votar em protesto,  escolha candidatos despreparados e desqualificados para o exercício da  carreira política.
Embora vivenciamos a democracia após um  período de ditadura militar, o eleitor persiste em não se envolver,  opinar, exigir, fiscalizar, protestar e agir de acordo com seus  direitos, a construção de um País melhor. O processo eleitoral é baseado  apenas na obrigatoriedade de votar, nada mais que ajude a sociedade se  comprometer com a responsabilidade de melhorar a situação do país.
Na  apuração da eleição para o Plenário da Câmara dos Deputados, o  comediante Tiririca obteve um record de votos consagrando-se um  verdadeiro fenômeno da política brasileira. Ele desbancou qualquer  impedimento para ocupar um lugar de destaque na Câmara dos Deputados,  sua expressiva soma de votos representa a vontade da maioria dos  eleitores, por sua vez, a decisão democrática de uma sociedade omissa a  tantos problemas existenciais nessa política tupiniquim.
Mais uma  vez, distanciados do preconceito, do sentimento maquiavélico, da  natureza opositora, enfim, qualquer opinião contrária a esse lamentável  resultado, estaremos tiriricando o Brasil durante quatro anos.
Não  veremos mais o comediante Tiririca nos alegrando nos programas da  televisão, sua imagem florentina discursará num pedestal do Congresso,  seus pronunciamentos nos arrancarão risos, aplausos, admiração e  contentamento. Somos reféns de sua candidatura, de suas decisões, de  seus projetos e quem sabe, de uma humilde ignorância que atinge uma  grande parcela de nossa sociedade.
Respeitarei Tiririca de todas  as maneiras, não quero ser empecilho na sua nova carreira, apoiarei suas  acertadas decisões, bem como, criticarei seus deslizes no mandato.  Serei acima de tudo, um brasileiro consciente, cumpridor de meus  deveres, racional nas minhas convicções, pois segundo o próprio  Tiririca, pior do que está não fica. Valha-me Deus, Nosso Senhor,  Livrai-me do Mal.
Que a sorte acompanhe Tiririca no universo da  política, aqui tiriricaremos silenciosamente no esplendor de nossa  humilde incapacidade de escolher o que há de melhor para nos governar. Pior  do que está não fica, assim diz o deputado Tiririca, porém, engana-se  aquele que duvidar que tudo ainda venha mais a piorar, tiriricando o  Brasil. 
Gilberto Barros Lima é bacharel em  Relações Internacionais (IBES-SC),
 e Professor Universitário.
Fonte:  Mundo RI  
 
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