Por Jorge Serrão
O governo Lula tem culpa direta pela onda de terror que torna o Rio de Janeiro refém da narcoguerrilha urbana. Partiu do Palácio do Planalto uma ordem direta para que não ocorressem incursões policiais de peso no Complexo do Alemão. A “orientação” foi prontamente obedecida pelo governador aliado Sérgio Cabral Filho. Agora, é uma das razões ocultas da crise verbal entre o Secretário de Segurança do Rio e a equipe de Stalinácio.
O motivo alegado oficialmente para a “trégua policial” seria não atrapalhar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento – o PACo, que prevê investimentos de R$ 495 milhões nas 11 favelas em que vivem de 97 mil (segundo o IBGE) a 150 mil pessoas (segundo estimativas locais). Mas a razão real para que a Polícia não pegue pesado no Alemão é que lá está instalada uma “célula” de narcoterroristas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
A informação sobre a presença das FARC no Alemão, que os governos Lula e Cabral só conseguem abafar por milagre, é conhecida dos serviços de inteligência da Polícia Fluminense e das Forças Armadas. As FARC são parceiras dos narcovendedores cariocas na compra e venda ilegal de armas e drogas. Também são parceiras de um segmento radical do petismo no Foro de São Paulo que as classifica como “grupos revolucionários”
O impedimento de combater as FARC no Alemão é o motivo verdadeiro pelo qual o Secretário de Segurança Pública do RJ, delegado federal José Mariano Beltrame, vociferou que o governo federal e a Polícia Federal são omissos no combate ao tráfico no Rio de Janeiro. Beltrame chegou até a pedir que fosse decretado o Estado de Emergência, previsto na Constituição, para que se possa agir contra o narcotráfico no Rio.
Mas a orientação política urgente é acabar com a falação ou detonar o Beltrame do cargo. Hoje, a pedido do presidente Stalinácio, o ministro da Justiça Tarso terá um encontro de emergência com o governador Sérgio Cabral. Na alegação oficial, a reunião servirá para fazer um balanço das medidas adotadas pelos dois governos na segurança pública do Rio. O ministro pretende ouvir os pleitos do estado e redefinir novas linhas de atuação.
Fonte: Alerta Total
COMENTO: até que enfim o "segredo de polichinelo" está aparecendo. É claro que só poderia ser desvendado na Internet, por meio de algum jornalista não comprometido com as verbas públicas de publicidade. A "grande imprensa", composta de sarnentos jaguaras dependentes do rico dinheirinho público, nunca faria uma acusação destas. Agora, é só esperar para ver o que vão fazer com o Beltrame.