Policiais Corruptos e Narcotraficantes Sabotam, Politicamente, Operação de GLO do Exército no Alemão
Carreira Militar

Policiais Corruptos e Narcotraficantes Sabotam, Politicamente, Operação de GLO do Exército no Alemão




por  Jorge Serrão

O Exército foi sistematicamente sabotado em sua operação de cerco e repressão ao narcovarejo no Complexo do Alemão, durante os nove meses de “ocupação”. Sempre que montou “zonas de exclusão”, com acesso restrito a pontos onde dificilmente deixaram de ocorrer venda de drogas nos morros daquela região, os militares foram obrigados a deter policiais civis, PMs e até maus elementos da elitizada tropa do Bope que insistiam em furar o cerco para levar aos bandidos drogas e armas ou para apanhar propina.
A divulgação sobre estas dezenas de detenções foi cuidadosamente censurada pela cúpula de segurança do Governo Sérgio Cabral – que faz marketagem política com a triste farsa das UPPs (Unidades de Policiamento Pacificadoras). Em conluio com o governo Fluminense do vascaíno Cabralzinho, que é aliado da petralhada em política e negócios, o Ministério da Defesa não dá autorização para que o Exército exiba tudo que registrou (gravando em áudio e/ou vídeo) nas operações do Alemão. O EB fez um brilhante trabalho de inteligência, aplicando sua doutrina de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas não existe vontade política de combater o tráfico, para valer, no Alemão e adjacências.
Os governos federal e estadual do RJ não gostaram, mas foram obrigados a engolir ontem a dura verdade revelada pelo Comandante Militar do Leste. O General Adriano Pereira Júnior admitiu que traficantes ainda vendem drogas em bocas de fumo itinerantes no Morro do Alemão. Contrariando a vontade da turma do Cabral, o General Adriano avisou que o EB volta a revistar suspeitos de tráfico de drogas na comunidade. Em entrevista no Comando Militar do Leste (CML), o General até identificou quem é o “agente do quarto elemento” responsável pelos ataques ao EB: o traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, foragido da Vila Cruzeiro.
A verdade completa que o General Adriano conhece bem, mas não pode proclamar é: Toda vez que o esquema de poder vigente é questionado popularmente, seus esquemas mafiosos são desnudados, estouram sinais de crise econômica e o sistema no poder teme sofrer um golpe, o Governo do Crime Organizado escala o chamado “quarto elemento” para desafiar as Forças Armadas. Criminosos politicamente orientados atacam os militares que cumprem a missão de Garantia da Lei e da Ordem.
Os soldados e seus comandantes, quando reagem, voltam a ser, injustamente, alvos de suspeitas de “violações dos direitos humanos”. Bandidos, os chefes deles, o Ministério Público e a Mídia cumprem a missão de estigmatizar o Exército. Por isso, o Alerta Total pergunta, sem cansar: Até quando nossos militares aceitarão cair nesta armadilha da guerra assimétrica promovida pelo sistema de Governo do Crime Organizado? Quem quiser entender melhor como ocorre a guerra psicológica contra o EB, basta dar uma olhada no organograma acima.
O medo do Governo do Crime Organizado é a alta qualidade das informações que os estrategistas do EB colhem nesta operação. Por isso, a ordem é intensificar os ataques assimétricos, na mídia, contra as Forças Armadas. A tática do inimigo é simplória e manjada. Geram-se assuntos desviantes da atenção, para irritar os militares, como a Comissão da Verdade. Ao mesmo tempo, usa-se o Ministério Público para fiscalizar a ação de GLO do EB, sob a desculpa de “evitar eventuais excessos praticados pelos militares contra a comunidade”. Na mídia, sempre que possível, reforça-se a imagem dos militares como autoritários, abusando de uma inocente população carente.
O enxugamento de gelo continua
O Complexo do Alemão continuará ocupado pelo Exército até junho, quando os morros da região ganharão as pretensas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
O efetivo de militares no local foi aumentado para 1.800, e outros 200 homens já estão à disposição e devem ser integrados à Força de Pacificação nos próximos dias.
O esquema de Garantia da Lei e da Ordem do EB conta com mais 120 militares de reforço, ocupando por tempo indeterminado os morros do Adeus e da Baiana, vizinhos ao complexo.
Esvaziando os resultados
O secretário de Segurança do RJ, José Mariano Beltrame, que também participou da entrevista de ontem no CML, alegou que não se pode vender ilusões à população em relação à luta contra o tráfico de drogas: 
Eu tenho sido bastante enfático ao dizer que, após 30, 40 anos de abandono de algumas áreas e total domínio do tráfico, ninguém vai resolver isso a curto prazo. Nós abrimos uma janela para que os serviços públicos e a própria sociedade cumpram o seu papel nessas comunidades”.
Com tais palavras, Beltrame já antecipa a derrota de uma ação mais firme de combate ao tráfico – o que não é desejo real do governo Sérgio Cabral.
Depoimento emblemático
Um morador do Alemão fez uma revelação importante à reportagem do jornal O Globo que reflete perfeitamente o risco institucional que o EB corre na GLO do Alemão: Segundo ele, alguns traficantes sequer saíram da comunidade e outros já estão no local há tempos. 
Segundo ele, o tráfico quer provocar uma reação dos militares, para forçar a saída do Exército: 
É claro que o tráfico quer voltar. Minha sensação foi de frustração. Há morador de bem sendo ameaçado para ser conivente com o tráfico. Tenho medo de voltar aos tempos do terror”.
Fonte:  Alerta Total
COMENTO:  enquanto os generais se submeterem às determinações de políticos, juristas e outros comprometidos com o "quem paga as despesas de campanha" - legais ou não -, as Forças Armadas serão alvos fáceis da canalha. A pantomima da "pacificação" tem que ser desmascarada urgentemente pelos militares sob pena de saírem, de novo, como os bandidos da estória. Ou assumem o comando total da operação ou largam de ser bobos da corte. Fazer guerra pela metade é entrar na suruba andando de quatro. Os militares sabem o resultado de entrar em combate com a finalidade de poupar o inimigo. A parte decente da sociedade brasileira está pagando um alto preço pela benevolência dos militares para com a bandidagem comuno-terrorista.



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