Em artigo publicado na revista "Piauí" de abril, intitulado "Rakudianai", Persio Arida "lembra-se", depois de 40 anos, de passagens do período em que esteve preso no DOI (Destacamento de Operações de Informações) de São Paulo por sua militância na VAR-Palmares.
Muitas dessas "lembranças", sem datas, sem nomes, não correspondem à verdade.
Persio Arida foi preso no dia 24 de setembro de 1970, e eu assumi o comando do DOI cinco dias depois. Tenho, portanto, o dever de afirmar que seus delírios são gritantes. Ele escreve: "Fiquei preso por vários meses". Provo que foram 42 dias.
Afirma que era servido um sopão no pátio. A comida vinha da Polícia do Exército e era igual à nossa. Os presos comiam nas celas.
Conta que esteve com Bacuri, tomando banho de sol no pátio. O guerrilheiro foi preso no Rio de Janeiro pelo delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury. Se esteve no DOI, jamais manteria contato com esses jovens.
Cita que assistiu, no pátio, a uma palestra feita pelo guerrilheiro Massafumi Yoshinaga, o que não aconteceu. Lembra a hilariante "campana" feita no seu "aparelho", com agentes da OBAN (Operação Bandeirante), os pontos que cobriu em São Paulo, que assistiu a palestras, enfim, que seguiu a rotina de vários dias no DOI.
É inacreditável a história das esfirras que seu pai lhe mandava por meio de um guarda da Polícia Militar subornado por ele. Num rasgo de honestidade, diz que, durante o tempo que passou no DOI-SP, não sofreu nenhum tipo de tortura, mas omite que prestei um depoimento à Justiça Militar em que pedi a sua absolvição e a de outros jovens.
Ao longo de 27 páginas de situações imaginárias, fictícias e delirantes, narra a sua transferência para o DOI do Rio, local para onde eu o teria enviado. Afirma que lá, onde ficou três semanas, foi barbaramente torturado. Eu contesto isso e posso afirmar, com datas, documentos e nomes retirados do Processo 2.889, arquivado no Superior Tribunal Militar, que, no meu comando, essa viagem nunca existiu.
Vinte e um dias depois de sua prisão - sendo 17 dias sob a minha responsabilidade como comandante -, em 15 de outubro de 1970, foi enviado do DOI-SP ao DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) para seguir os trâmites legais. Ali permaneceu e, em 3 de novembro, foi ouvido pelo delegado de polícia Edsel Magnotti.
Como era menor de 21 anos, seu curador, escolhido por ele, foi o advogado Benedicto Muccim. No depoimento, confirmou a atividade subversiva, mas retratou-se em juízo. Foi restituído ao DOI-SP e posto em liberdade por ordem do General Chefe do Estado-Maior do 2º Exército para responder ao processo. O documento está assinado pelo Chefe da 2ª Seção do 2º Exército, coronel Erar de Campos Vasconcelos, com data de 5 de novembro.
Foi denunciado por infração ao artigo 43 do Decreto-lei 898 da Lei de Segurança Nacional pelo relator Oscar do Prado Queiroz, do Ministério Público Militar.
Processado e julgado, foi absolvido por requerimento do MPM. Na sentença 1.712/ 71, lê-se: "Disse o doutor procurador, em suas alegações ao opinar pela absolvição de Persio Arida, "que foi mais um garoto estúpido nas mãos de péssimos elementos". Tendo em vista a análise lógica da prova produzida, podemos acrescentar: é também mentiroso."
Os dados, as datas, os nomes e os ofícios foram retirados do processo originário 526/71, da 1ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar, arquivado no STM (Superior Tribunal Militar). Mais detalhes sobre o assunto podem ser encontrados no site averdadesufocada.com.
CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA, Coronel Reformado do Exército,
foi comandante do DOI/CODI de 29 Set 1970 a 23 Jan 1974
e é autor dos livros "Rompendo o Silêncio" (1987)
e "A Verdade Sufocada" (2006).
Fonte: Folha de São Paulo
COMENTO: verificando-se os antecedentes do "garoto estúpido", não se poderia esperar atitude diferente da que tomou. Somar suas mentiras às que os outros "cumpanhêrus" têm emitido, com frequencia desavergonhada, contra o Cel USTRA e os órgãos que os derrotaram na inconsequente "luta armada" que iniciaram sonhando que teriam como resposta flores e carinhos. Uma vez canalha, sempre canalha! Ou quem sabe, está querendo descolar uma graninha da Viúva, aderindo tardiamente à "cumpanherada" que já embolsou uma bolsa-anistia? A propósito das recordações mentirosas desse patife, o seu antigo parceiro de aventuras, Celso Lungaretti, publicou um texto muito interessante.
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