Carreira Militar
O ATENTADO DE GUARARAPES
 
 
Em 1966, dois anos depois da Revolução Democrática de 31 de Março, a Nação     brasileira empenhava-se em reerguer o País, após o caos dos primeiros anos da década de     60.  
Entretanto, uma pequena minoria inconformada, constituída pelos comunistas e pelos     corruptos que haviam sido alijados da vida política nacional, procurava reorganizar-se e,     de qualquer maneira, expressar seu descontentamento. 
Recife, a capital pernambucana, foi a escolhida para ser o cenário inicial de uma nova     forma de luta - o terrorismo - que, por muitos anos, viria a ensangüentar e a enlutar a     sociedade brasileira.
O 31 de Março de 1966 amanhecia com sol. O povo pernambucano e as autoridades já estavam     reunidos no Parque 13 de Maio, aguardando o início das comemorações do segundo ano da     Revolução. 
Nesse momento, exatamente às 0847h, ocorria violenta explosão no 6º andar do edifício     dos Correios e Telégrafos, onde funcionavam os escritórios regionais do SNI e da     Agência Nacional.
   Ao mesmo tempo, uma segunda explosão atingia a residência do Comandante do IV Exército.
   Mais tarde, seria encontrada uma terceira bomba, falhada, num vaso de flores da Câmara     Municipal de Recife, onde havia sido realizada uma sessão solene em comemoração à     Revolução Democrática.Três bombas montadas para, num só momento, atingir personalidades e entidades     representativas do governo brasileiro. Iniciava-se a guerra suja.Entretanto, a bomba falhada no legislativo municipal deveria estar incomodando os     terroristas e estar sendo vista como um parcial fracasso de execução. 
Assim é que, em 20 de Maio de 1966, 50 dias após esse ensaio geral, foram lançadas     outras três bombas - dois "coquetéis molotov" e um petardo de dinamite, contra     os portões da Assembléia Legislativa de Pernambuco. 
A Nação, estarrecida, vislumbrava tempos difíceis que estavam por vir. 
Em 25 de Julho de 1966, uma nova (terceira) série de três bombas, com as mesmas     características das anteriores, sacode Recife. Uma, na sede da União de Estudantes de     Pernambuco, ferindo, com escoriações e queimaduras no rosto e nas mãos, o senhor José     Leite, de 72 anos, vítima inocente que passava pelo local. Outra, nos escritórios do     Serviço de Informações dos Estados Unidos (USIS), causando, apenas, danos materiais. A     terceira bomba, entretanto, acarretando vítimas fatais, passou a ser o marco balizador do     início da luta terrorista no Brasil. 
Nessa manhã de 25 de julho de 1966, o Marechal Costa e Silva, então candidato à     Presidência da República, era esperado por cerca de 300 pessoas que lotavam o Aeroporto     Internacional dos Guararapes. 
Às 08:30h, poucos minutos antes da previsão de chegada do Marechal, o serviço de som     anunciou que, em virtude de pane no avião, ele estava deslocando-se por via terrestre de     João Pessoa até Recife e iria, diretamente, para o prédio da SUDENE. 
Esse comunicado provocou o início da retirada do público. 
O guarda-civil Sebastião Tomaz de Aquino, o "Paraíba", outrora popular jogador     de futebol do Santa Cruz, percebeu uma maleta escura abandonada junto à livraria     "SODILER", localizada no saguão do aeroporto. Julgando que alguém a havia     esquecido, pegou-a para entregá-la no balcão do DAC. 
Ocorreu uma forte explosão. O som ampliado pelo recinto, a fumaça, os estragos produzidos e os gemidos dos feridos     provocaram o pânico e a correria do público.  Passados os primeiros momentos de     pavor, o ato terrorista mostrou um trágico saldo de 17 vítimas. 
Morreram o jornalista e secretário do governo de Pernambuco Edson Regis de Carvalho,     casado e pai de cinco filhos, com um rombo no abdômen, e o vice-almirante reformado     Nelson Gomes Fernandes, com o crânio esfacelado, deixando viúva e dois filhos menores.  
O guarda-civil "Paraíba" feriu-se no rosto e nas pernas, o que resultou, alguns     meses mais tarde, na amputação de sua perna direita.O então Tenente-Coronel do Exército, Sylvio Ferreira da Silva, sofreu fratura exposta do     ombro esquerdo e amputação traumática de quatro dedos da mão esquerda. 
Ficaram, ainda, feridos os advogados Haroldo Collares da Cunha Barreto e Antonio Pedro     Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro,     os estudantes José Oliveira Silvestre, Amaro Duarte Dias e Laerte Lafaiete, a professora     Anita Ferreira de Carvalho, a comerciária Idalina Maia, o guarda-civil José Severino     Pessoa Barreto, o Deputado Federal Luiz de Magalhães Melo e Eunice Gomes de Barros e seu     filho, Roberto Gomes de Barros, de apenas seis anos de idade.O acaso, transferindo o local de chegada do futuro Presidente, impediu que a tragédia     fosse maior. O terrorismo indiscriminado, atingindo pessoas inocentes e, até, mulheres e crianças,     mostrou a frieza e o fanatismo de seus executores. Naquela época, no Recife, apenas uma     organização subversiva, o Partido Comunista Revolucionário (PCR), defendia a luta     armada como forma de tomada do poder. Dois comunistas foram acusados de envolvimento no     ato terrorista: um, Edinaldo Miranda de Oliveira, militante do Partido Comunista     Brasileiro Revolucionário (PCBR) e que, em 1986, era professor de Engenharia Elétrica em     Recife, e o outro era Ricardo Zaratini Filho, então militante do PCR e atual assessor     parlamentar da liderança do PDT na Câmara Federal.Durante muito tempo, a esquerda escondeu, enquanto  pôde, a autoria  desse atentado, chegando a afirmar que teria sido feito  pela direita para tentar incriminá-la.  Técnica antiga muito usada, até  os dias de hoje, pela esquerda.  As  autoridades, atônitas,  procuravam os autores desses atentados. Não  obtinham nenhuma resposta. Não  tínhamos, até então, nenhum órgão para  combater, com eficiência, o  terrorismo.
Foi um  comunista, militante do Partido Comunista Brasileiro  Revolucionário  (PCBR), que teve a hombridade de denunciar esse crime: Jacob  Gorender,  em seu livro Combate nas Trevas - edição revista e ampliada - Editora  Ática - 1998, escreve sobre  o assunto: “
Membro  da comissão militar e dirigente nacional da  AP, Alípio de Freitas  encontrava-se em Recife em meados de 1966, quando se  anunciou a visita  do general Costa e Silva, em campanha farsesca de candidato   presidencial pelo partido governista Aliança Renovadora Nacional  (ARENA).    Por conta própria Alípio  decidiu promover uma aplicação realista dos ensinamentos sobre a técnica de  atentados.”
“
Em entrevista concedida a Sérgio Buarque de Gusmão e  editada pelo Jornal da República, logo depois da anistia de  1979, Jair Ferreira de Sá revelou a autoria do atentado do  Aeroporto de Guararapes por militantes da AP.   Entrevista  posterior, ao semanário  Em Tempo, referiu-se a Raimundinho como um dos  participantes  da ação. Certamente, trata-se de Raimundo Gonçalves  Figueiredo, que se  transferiu para a VAR-Palmares (onde usava o nome de  guerra Chico) e morreu, a vinte sete de abril de 1971, num  tiroteio  com policiais do Recife.”
Fica, portanto, esclarecida a autoria do atentado ao Aeroporto de  Guararapes:
·  Organização responsável: Ação Popular (AP); ·  Mentor intelectual: ex-padre Alípio de Freitas - que já atuava  nas  Ligas Camponesas -, membro da comissão militar e dirigente nacional da   AP; · Executor: Raimundo Gonçalves Figueiredo, militante da AP. Em 2004, o ex-padre Alípio de  Freitas, residente em Lisboa, foi   beneficiando  por uma indenização fixada pela Comissão de Anistia em R$ 1,09  milhão.
Raimundo Gonçalves Figueiredo é nome de uma rua em Belo Horizonte/MG e sua família também foi indenizada.
Um ano depois do atentado, em 25 Jul 67, foi inaugurada no Aeroporto uma placa de bronze     com os seguintes dizeres: 
                             "HOMENAGEM DA         CIDADE DO RECIFE AOS QUE TOMBARAM NESTE AEROPORTO DOS GUARARAPES, NO DIA 25 DE JULHO DE         1966, VITIMADOS PELA INSENSATEZ DOS SEUS SEMELHANTES.                         
-         ALMIRANTE NELSON FERNANDES
                        -         JORNALISTA EDSON REGIS          
GLORIFICADOS PELO SACRIFÍCIO, SEUS NOMES SERÃO SEMPRE LEMBRADOS RECORDANDO AOS PÓSTEROS          O  VIOLENTO  E  TRÁGICO ATENTADO TERRORISTA, PRATICADO  À  SORRELFA PELOS INIMIGOS DA         PÁTRIA."
Não sabemos se essa placa ainda permanece no aeroporto ou foi retirada ou, mesmo,     substituída por homenagens aos comunistas. 
Hoje, os terroristas daquela época, arvorando-se em "heróis" libertários,     afirmam que o que fizeram foi uma reação à "violência" do Governo     brasileiro. Intencionalmente, procuram deturpar a História e levar ao esquecimento as     vítimas que causaram em sua sanha fratricida, dentre elas, as de 1966. 
Passaram-se muitos anos. Mas as bombas de Recife e o atentado de Guararapes não serão esquecidos. Fonte:  Ternuma
                            e A Verdade Sufocada
COMENTO:  Hoje em dia, os companheiros dos terroristas daquela época ocupam cargos eletivos ou foram nomeados para cargos "de confiança" dos eleitos. E tentam manter-se no poder ou em sua proximidade, elegendo-se ou colocando seus aliados em posições privilegiadas na política nacional, com a cumplicidade de um eleitorado ignorante e incapaz de saber o mal que está fazendo aos seus descendentes ao aceitar o jogo sujo desses patifes, trocando seu voto por esmolas apelidadas de "benefícios sociais". Leia mais e veja fotografias de logo após o atentado de Guararapes, clicando em qualquer um dos enlaces das fontes.
  
 
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