O editor acabou de ler as 1.500 páginas do processo 001.0307674-8.
As denúncias são muito duras e as provas são abundantes. Os réus Mauri e Nazareno apelaram e agravaram a decisão que mandou bloquear seus bens e contas, bem como quebrar seus sigilos bancários e fiscais, mas os desembargadores da Primeira Câmara Civel mantiveram a decisão.
Na época do governo Olívio Dutra, o Detran assinou convênio sem licitação com a ONG Rua Viva, de Belo Horizonte, que sub-contratou uma empresa do próprio presidente da ONG, a Cidade Viva Ltda., que sub-contratou outras empresas, na maior parte “laranjas inexistentes”, segundo o MPE (os procuradores visitaram cada empresa e constataram que oito entre dez nem existiam em Belo Horizonte, sendo que das duas restantes, uma vendia até arreios de cavalos).
O MPE constatou notas frias nas prestações de contas, violação da lei de licitações e prestações de contas frias, inclusive com o uso de notas xerocadas já usadas em outros acertos anteriores.
CLIQUE AQUI para examinar o fac símile da primeira página da ação de improbidade administrativa. Nela estão os resumos das denúncias e dos pedidos.
CLIQUE AQUI para ler a relação das fraudes, conforme fac símiles das páginas 16, 21, 22 e 23 das acusações feitas pelos procuradores do Ministério Público Estadual.
CPI do PT evita discutir malfeitorias no Detran sob o PT
A CPI do PT debruça-se justamente sobre malfeitorias existentes no Detran, mas tem se limitado a examinar incidentes ocorridos nos primeiros sete meses do atual governo, quando Yeda desmontou quadrilhas que operaram ali durante os quatro anos do governo Rigotto e durante os quatro anos do governo Olívio Dutra, do PT.
O caso da ONG Rua Viva não tem nada a ver com o caso da mãe (Fundação Carlos Chagas) das quadrilhas posteriores ligadas à Universidade de Santa Maria.
Fonte: Políbio Braga