Carreira Militar
Idolatrado Mostra Seu Lado Preconceituoso
Saiba por que foi inoportuna e preconceituosa a fala de Joaquim Barbosa para a jornalista Mônica Bérgamo
por Políbio Braga
A entrevista a seguir é de Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo. Ela repercute enormemente em todo o País. A Folha abriu manchete para revelar que o ministro que flagela os petistas do Mensalão votou três vezes no Lula e uma vez em Dilma. A entrevista não poderia ter saído em melhor hora para o PT, porque depois de semanas de crucifixação, o Partido vê seu verdugo dizer que votou nos candidatos dele.
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Folha de São Paulo |
Leia alguns trechos:
(...) O ministro votou em Leonel Brizola (PDT) para presidente no primeiro turno da eleição de 1989. E depois em Lula, contra Collor. Votou em Lula de novo em 2002.
(...) O escândalo do mensalão não influenciou seu voto: em 2006, já como relator do processo, escolheu novamente o candidato Lula, que concorria à reeleição.
"Eu não me arrependo dos votos, não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma."
(...) Barbosa já disse que a imprensa "nunca deu bola para o mensalão mineiro", ao contrário do que faz com o do PT. "São dois pesos e duas medidas", afirma.
(...) A exposição na mídia não o impede de fazer críticas até mais ácidas. "A imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado, idem", diz. "Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras." O racismo se manifesta em "piadas, agressões mesmo". "O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas."
Já discutiu com vários colegas do STF. Mas diz que polêmicas "são muito menos reportadas, e meio que abafadas, quando se trata de brigas entre ministros brancos".
(...) Diante de centenas de grandes escândalos de corrupção no Brasil, e de só o mensalão do PT ter chegado ao final, é possível desconfiar que a máquina de investigação e punição só funcionou para este caso e agora será novamente desligada?
"Não acredito", diz Barbosa. "Haverá uma vigilância e uma cobrança maior do Supremo. Este julgamento tem potencial para proporcionar mudanças de cultura, política, jurídica. alguma mudança certamente virá."
O ministro Joaquim Barbosa faz pelo menos quatro revelações equivocadas, duas delas altamente preconceituosas e reveladoras de uma visão reducionista inaceitável da formação social e da atividade política:
Equívocos:
- Votei três vezes em Lula e uma em Dilma
* Ao votar pela terceira vez em Lula e uma em Dilma, Joaquim Barbosa já sabia que Lula era o chefe da organização criminosa do Mensalão, uma iniciativa do PT. O viés esquerdizante dos votos do ministro são resultado dos complexos que não conseguiu vencer no seu enfrentamento pelo êxito pessoal e profissional.
- O Mensalão Mineiro tem espaço diminuto
* Não houve julgamento, ainda. Além disto, o esquema é estadual e nem de longe a organização criminosa foi montada pelo PSDB. Quando ocorrer o julgamento, a repercussão será proporcional ao tamanho do caso.
Preconceitos sociais e políticos
- Toda a engrenagem no Brasil está nas mãos de pessoas brancas e conservadoras.
* São as pessoas brancas e conservadoras que transformam Joaquim Barbosa em herói nacional, porque ele defende os valores morais, éticos e legais da sociedade republicana e democrática do Brasil. Foi a que lhe deu a oportunidade de chegar onde chegou - sem quotas.
- A imprensa é toda branca e conservadora
* É a que lhe apóia e garante-lhe espaço para emitir o julgamento que emite contra os bandidos do Mensalão, projetando-o internacionalmente.
CLIQUE AQUI para ler toda a entrevista.
Fonte: Políbio Braga
COMENTO: é sabido que ninguém é perfeito, nem se poderia esperar que o atual ídolo brasileiro o fosse. Mas a entrevista citada deixa ver o lado vaidoso do entrevistado. E seu "viés esquerdizante" ou "antiariano", o que não é uma coisa boa para o Brasil. Espero que o episódio "Mensalão" não seja somente um evento esporádico na decisão do Ministro Joaquim Barbosa em manter-se isento da ideologia quando no exercício de sua função de Magistrado.
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