Buenos Aires, 16 dic (EFE) - O exprocurador da Fundação Madres de Plaza de Mayo, Sergio Schoklender, semeou hoje (16/12) nova polêmica com revelações sobre o supuesto financiamento irregular da organização com asaltos e seus vínculos com guerrilhas latinoamericanas.
Assaltos e armas
Schoklender, acusado de malversação e desvio de fundos públicos destinados a um plano de habitações das Madres de Plaza de Mayo, sustenta que a organização liderada por Hebe de Bonafini chegou a financiar-se com assaltos e ocultou armas na universidade.
Tanto Madres de Plaza de Mayo como outras organizações humanitarias e o governo argentino tem optado por manter silencio ante as revelações de Schoklender, que adiantou em um par de entrevistas divulgadas hoje (16/12) parte do conteúdo de um livro que publicará em breve.
Suposto contato com as Farc
Segundo o exprocurador, a organização Madres de Plaza de Mayo manteve contato com as Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (Farc) com o objetivo de treinar jóvens para um movimento na Argentina que derivaria na “revolución”.
“Certamente que é um erro, porém não viram outra forma de resistência”, afirmou hoje em declarações à cadeia Radio 10, nas quais assegurou que o “contato com essas organizações se fazíam na Venezuela”.
Além disso, em uma entrevista com o escritor argentino Martín Caparrós publicada hoje (16/12) em seu blog Pamplinas, afirmou que durante a vigencia das leis do Ponto Final e Obediência Devida se chegou a planejar o sequestro do represor Emilio Massera, porém foi a própria Hebe de Bonafini quem freou o plano.
Assegurou que, “como nos velhos tempos”, roubavam
Se referiu também ao financiamento das Madres de Plaza de Mayo. “Quando tínhamos que sair para arrecadar, saíamos a arrecadar como nos velhos tempos: choreo (roubo)”.
“Em negócios, em supermercados melhor. Tratávamos de que fossem lugares que representassem mais a concentração oligárquica, não a farmacia da esquina”, aclarou na entrevista com Caparrós.
“Foi um brevíssimo tempo (…) se pagava a luz, os gastos médicos das Madres, o gás da casa, a água, como podíamos”, insistiu nas declarações à Radio 10.
Hebe de Bonafini “certamente sabía, ficava implícito que o dinheiro aparecía mágicamente. Ela sabía de onde vinha, dizía 'não me digas o que fizestes'”, acrescentou.
“Isso durou muito pouco, foi muito breve e equivocado, porém foi certo, porém depois, durante muitíssimo tempo, eu financiava e sustentava desde o cassino. Eu ia, trabalhava, eu sou um brilhante jogador de black jack, e trabalhava todas as noites para poder pagar as contas no día seguinte”, afirmou à cadeia de radio.
Sergio Schoklender conheceu Bonafini quando ele cumpria uma pena por parricidio, começou uma estreita amizade com ela e ao sair da prisão se convirteu em sua mão direita à frente da Fundação Madres de Plaza de Mayo.
Fonte: tradução livre de Noticias 24
COMENTO: o sujeito cumpriu parte de uma pena por ter auxiliado um irmão a assassinar seus pais, o que não garante boa índole. Mesmo assim, foi intronizado na cúpula da organização da sra Hebe Bonafini. Tem fundamento! Lá, como por aqui, o que interessa é "a revolución" e os aliados, tendo utilidade, podem vir de qualquer lado.
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