Na construção da nacionalidade brasileira e principalmente na fixação das fronteiras no Sul do Brasil, os movimentos militares sempre tiveram papel de vanguarda. Nos primórdios do descobrimento, os portugueses instalavam fortificações e efetivos de defesa do território frente à ousadia ocupacionista da França, Holanda e Espanha.
Os militares conquistaram e delimitaram nossas vastas fronteiras. Muitas vezes não eram militares de carreira, mas pessoas que compunham temporariamente as Forças Armadas. Esta trajetória é coroada de atitudes corajosas, desprendidas de muitos sentimentos que hoje sequer podemos imaginar. Os homens daquela época doavam a vida pelas causas e os bens materiais. Levavam os filhos nas expedições, a família, os amigos, num rumo que muitas vezes não prenunciava volta.
RegistrosAs primeiras expedições exploradoras, colonizadoras, da instalação dos governos gerais, dos vice-reinados, as Entradas, as Bandeiras, a fixação dos marcos derivados dos tratados entre as duas coroas da Península Ibérica, a descoberta do ouro, as missões religiosas de catequização, o cumprimento das determinações do rei português, o movimento dos tropeiros, foram empreendimentos pela costa e interior do Brasil que sempre se fizeram acompanhar de efetivos militares. As armas da época faziam parte dos instrumentos a serem transportados. É inegável que
a visão militar de ocupar para assegurar o território para a coroa portuguesa é fato significativo no processo da construção da história brasileira.Século 19 e 20No início do século 19, enquanto os vice-reinados espanhóis na América se conflagravam em lutas fraticídias, o império português e posteriormente brasileiro, consolidava pacífica e diplomaticamente a unidade do território nacional.
Após a independência, a espada de Caxias pacificou o Maranhão, o Pará, a Bahia e o Rio Grande do Sul.Os conflitos com o Uruguai e Argentina e posteriormente com o Paraguai, também foram resolvidos no emprego da arte militar. Após a guerra maldita, a questão militar, o golpe da Proclamação da República, a Revolta da Armada, a Revolução Federalista, Canudos, a Revolta dos 18 do Forte, a Coluna Prestes, a Revolução de 23 no Rio Grande do Sul, a Pacificação de 27, a Revolução de 30, 32, a Intentona de 35, o Integralismo de 37, o Estado Novo, a participação na Segunda Guerra Mundial, as candidaturas militares de Eduardo Gomes, Eurico Dutra, Henrique Lotti, a deposição de Café Filho, a Revolta dos Sargentos, a Legalidade, a Redentora de 1964, são alguns dos
episódios que contemplam a participação dos militares na formação do Brasil.DesgasteQuem viveu o período do início dos governos militares sabe muito bem o quanto à sociedade brasileira apoiou-os, até o ano de 1973. Daí em diante, a
oposição se fortaleceu nas urnas, principalmente como decorrência da redução do crescimento econômico,
aumento da inflação, das dívidas interna e externa, em vista da guerra dos seis dias entre Israel e a comunidade árabe, que
elevou o preço do petróleo no mercado internacional e desestabilizou a economia mundial, dentre as quais a brasileira. A partir de 1973, se fortalece o discurso de oposição e enfraquece o apoio ao regime militar e o conceito destes perante a opinião pública.
Propaganda odiosa e mentirosaJá faz muito tempo que vivemos um ciclo cultural da dualidade, que parece estar findando.
Até nos livros de história do ensino público atuais, os militares são escrachados, enquanto os seguidores do comunismo internacional que queriam implantar uma ditadura totalitária no Brasil são mostrados como os grandes defensores da democracia. Esta propaganda de massa criou uma grande mentira.
Ventos novosPela primeira vez, nos últimos 30 anos, uma pesquisa de opinião pública mostra as Forças Armadas como a instituição mais confiável no Brasil. O trabalho foi executado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, com 1.500 maiores de 18 anos, de todas as regiões do país, entre 29 de maio e 02 de junho. As Câmaras de Vereadores e dos Deputados são instituições vistas por 68% dos brasileiros entrevistados, como não confiáveis. Quem diria!
Os detratores estão na rabeira e os detratados, no pleno gozo da simpatia do povo brasileiro.
Prestes deve estar se retorcendo e Castelo Branco, rindo.Jornal O Nacional - 13 Jun 08
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por Ney de Oliveira Wasak”Nós somos da Pátria a Guarda”“Fiéis Soldados”Quão feliz é esta afirmação na canção do Exército, principalmente sabedores que o povo brasileiro confia em nós, conforme pesquisa amplamente divulgada.Dia 19 de...
por Maynard Marques de Santa Rosa“O governo, o povo e as Forças Armadas do Estado de Minas Gerais declaram-se fora da União Federal”. A proclamação do governo Magalhães Pinto, propalada em tom retumbante pelo “Repórter ESSO”, causou impacto...
por Alexandre Barros (*)Estamos à beira de uma ladeira descendente. Se tudo correr conforme anunciado, as Forças Armadas virarão polícia e ocuparão mais favelas no Rio. Declarações oficiais dão conta de que a ocupação será "por tempo indeterminado"....
.Enquanto isso por Miriam LeitãoNos quartéis, o desejo é que o presidente Lula conclua o seu mandato no tempo regulamentar e que a crise ensine como melhorar a democracia. Oficiais superiores acham que qualquer saída — mesmo constitucional —...
Não sou navegador na internet, mas chego ao e-mail. De uma amiga recebi um, instando-me a abrir o blog do conceituado escritor Reinaldo Azevedo. Lá estava eu, transcrita mínima entrevista à Folha de S.Paulo, que provocou críticas e aplausos. Os poucos...