No final de 1988, durante uma operação militar para a desocupação da Usina da Volta Redonda, tomada por operários em greve, três operários perderam a vida.
Um monumento foi erigido em sua homenagem em Volta Redonda. Este monumento foi destruído horas depois de sua inauguração por um atentado terrorista.
O Brasil passava por período de campanha eleitoral para a primeira eleição direta para presidente depois de muitos anos. Luiz Inácio Lula da Silva se candidatava pela primeira vez a presidência da república.
No dia 25 de Maio de 1989 o soldado do Exército Charles Fabiano da Silva e um outro soldado trabalhavam com sentinelas na cidade de Volta Redonda. Charles era de Barra Mansa.
O dia 25 de maio não era o dia para Charles estar de serviço. Ele estava escalado para o sábado. Desejoso de ir ver a namorada no fim de semana, trocou a escala de serviço com um outro soldado.
Durante a noite Charles Fabiano e seu colega foram atacados por homens armados que pretendiam roubar suas armas. O colega de Charles abandonou sua arma e seu posto.
Charles não. Imbuído de seu dever e de sua honra lutou bravamente para preservar seu posto e seu armamento. Recebeu uma rajada de nove tiros, vindo a falecer durante a madrugada.
Um militar morto no cumprimento de seu dever. Hoje esquecido. Existe um monumento para operários que morreram lutando contra autoridades que buscavam fazer cumprir as leis e a constituição do Brasil.
Não existe nenhum monumento para Charles Fabiano Silva, morto covardemente, defendendo a lei e a ordem no Brasil.
Que país é este que homenageia aqueles que desafiam a lei e ignoram aqueles que cumprem o seu dever?
Nossa homenagem a mais este herói brasileiro que deu sua vida pela pátria e não tem o reconhecimento merecido de seus concidadãos.
Fonte: Brasil - Liberdade e Democracia