O Reconhecimento pelas Forças Nacionalistas, Diante da Negritude do Quadro Político Sucessório
por Antonio Celente Videira
“Tropa de Elite 2” é talvez, uma das maiores produções cinematográficas, no viés da crítica e do esclarecimento sobre as malversações dos acordos esdrúxulos dentro das instituições governamentais. O cinema onde assisti estava lotado e, ao final, o público, de pé, aplaudiu pelo desfecho, que retrata uma violência urbana, como ponta de “iceberg”, sustentada, ocultamente, por um poder, totalmente, conspurcado. Foi uma manifestação de negação, por tudo que se apresenta nos últimos tempos, na vida nacional.
Existem diversos capitães e coronéis Nascimentos no Serviço Público. São cidadãos, civis e militares, descartados por não aceitarem alianças veladas em detrimento da reta conduta e, sobretudo, do bem administrar o dinheiro e o patrimônio do povo. Acho que
chegou a hora dos organismos de segurança pública e defesa nacional outorgarem uma comenda ao produtor José Padilha, por idealizar um roteiro, de acordo com tudo que é repudiado nos Centros de Altos Estudos, à medida que se ministram temas como Fundamentos Axiológicos. Suas coragem e criatividade exibiram a realidade corrupta do Poder paralelo.
Esse digno Diretor desviou-se de seus pares que preferem fazer produções realçando a época dos Governos Militares, com o tom da ditadura ou da repressão política, a fim de estarem alinhados com a Agência Nacional do Cinema (ANCINE), porém totalmente fora de foco, por olhar um Brasil pelo retrovisor. É a morte dos intelectóides esquerdistas, diante do recrudescimento de novos atores, na habilidade produtiva de enredos a serem exibidos nas salas de projeções.
Semana passada, quando houve a estréia do filme, ouvi no noticiário da CBN que “
Tropa de Elite 2 é lançado quando o Rio de Janeiro está sendo vítima de diversos arrastões”. Eu já diria que
"Tropa de Elite 2 é lançado, oportunamente, às vésperas do segundo turno".
Isso se deve ao que se estampa na mídia:
dissimulações em todos os níveis, acordos incoerentes entre partidos, mentiras deslavadas, cartas de intenções tentando agradar algumas classes, tudo para vender, simultaneamente, a alma a Deus e ao Diabo, em prol do voto. Descriminalização do aborto, apoio ao movimento gay, repúdio a símbolos religiosos e revanchismo não são mais assuntos das pautas dos atuais concorrentes, como alguns personagens do filme, em seus papéis de autoridade, fazem no instante que se acovardam, mudando seus discursos, ao terem ciência que a justiça apura a verdade sobre suas falcatruas. Hoje,
estou vendo políticos comparecerem a santuários e outros procurarem militares, conduta que, ao longo de suas vidas, até onde sei, eram incompatíveis com suas personalidades. É um absurdo!
“
Tropa de Elite 2”, segundo a minha ótica, é justamente um drama na tentativa de denunciar essas simulações que confundem a Sociedade, para obtenção de dividendos escusos, em todos os sentidos. É desnudar o manto da vilania sem truculência. É apontar a sordidez dos grupelhos instalados no Poder.
Acho que a obra deveria ser exibida nas cúpulas das Secretárias de Segurança estaduais, bem como no Congresso Nacional, seguido de debate, como acontece nos cine-clubes.
Posso estar sendo interpretado como “inocente” ou de “acreditar em Papai Noel”, mas pelo menos essa é a contribuição moral, diante, às vezes, da covarde zombaria dos medíocres de plantão, extasiados e estáticos com os esquemas malévolos saqueadores da ordem e do progresso.
Reconhecer a arte como instrumento de educação ética é usar de inteligência. Admitir talentos de novos produtores cinematográficos, que contaminam a boa prática da cidadania, com seus trabalhos, como José Padilha, é ser hábil na conquista de corações e mentes. Enfim, recompensar os novos roteiristas, que primam por uma arte limpa e esclarecedora, é angariar parceiros dignos para as boas obras serem difundidas no mundo midiático.
Premiar José Padilha, com nossas ordens medalhísticas, é exaltá-lo como nacionalista, contrastando a infame indicação de “Lula–O Filho do Brasil” ao Oscar, por questões, meramente, política e eleitoreira, a partir de uma comissão indicada pelo Ministério da Cultura e pela Academia Brasileira de Cinema.
Vê-se, portanto, uma comissão cultural a transformar-se no tribunal da vergonha artística. A suposta preferência por esse filme ao Oscar, em termos “unânimes”, como foi anunciada, zomba da Nação, por acreditar que todos os brasileiros pensam pela boca do estômago, correndo atrás do bolsa família. É ignorar, ardilosamente, a negação do longametragem, pela crítica nacional e estrangeira, mas não importando, já que esse gesto beneficiará o quadro eleitoral, em prol de uma candidatura. “Os fins justificam os meios”, já dizia Maquiavel.
Por fim, reitero que
laurear José Padilha é promover o Tenente-Coronel Nascimento a Oficial General, para que “Tropa de Elite 3”, ao ser exibido futuramente nas telas, mostre ao Brasil que, apesar da indigente conduta do nosso homem público, ainda há uma classe de guardiões velando pela democracia e o bem comum do País. Antonio Celente Videira
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