Carreira Militar
A Pressão Psicológica Sobre os Agentes do Estado
Não estou fazendo a apologia do crime com este texto. Mas não admito que tripudiem as Forças Armadas sem que haja uma resposta à altura. A cada ação corresponde uma reação. Estamos preparados. ‘Eles que venham. Por aqui não passarão!’
por José Geraldo Pimentel
Na luta armada dos anos 64/85 surgiu o emprego da expressão ‘agente do Estado’, aplicada aos elementos que foram designados para dar combate a grupos de indivíduos que desde o início da década de 1960 vinham se preparando para empreender uma luta armada que colocaria o país sob a influência da então toda poderosa URSS. O mundo estava dividido entre o comunismo, liderado pela URSS, e a democracia, política adotada pelos EUA.
Antes da decretação do Ato Institucional nº 5 ocorreu o primeiro atentado praticado pelos comunistas. Aconteceu no Aeroporto dos Guararapes, em Recife, Pernambuco, quando uma mala explodiu no trajeto em que o candidato à presidência da república, Marechal Costa e Silva, deveria passar. A sorte favoreceu o militar, mas parte da comitiva que o aguardava no aeroporto foi atingida pelo artefato, havendo mortos e feridos.
Os assim chamados agentes do Estado, que viriam substituir a Operação Bandeirante (OBAN), criada para combater atos terroristas que aconteciam principalmente em São Paulo, eram homens mais bem preparados para enfrentar a ação subversiva que campeava pelo país. O Ministro do Exército determinou que nas regiões militares fossem criados grupos de investigação e combate aos subversivos, os chamados Destacamentos de Operações de Informações - Centros de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI). Militares das Forças Armadas, assessorados por policiais militares e civis das Forças Auxiliares, logo mostravam serviço, e o país em pouco tempo retornava à normalidade. A violência que resultaria desse confronto, com seqüestros, ciladas, assassinatos, assaltos a bancos e unidades militares, etc., não teve mocinhos e nem bandidos. O número de mortos e desaparecidos de ambos os lados, atesta esta verdade.
Com a decretação da Lei da Anistia, que chegou atendendo além das expectativas - anistia geral, ampla e irrestrita -, segundo vontade do presidente general João Batista Figueiredo, deveria pacificar a nação brasileira. Mas o passar dos anos diria que os derrotados nessa luta, reintegrados à vida política do país, resolveram que deveriam reescrever a história. E estão fazendo com o silêncio obsequioso dos generais que sucederam os homens que lideravam a instituição militar no passado.
“O Exército não vai fazer nada!”, declarou o ex comandante do Exército, general Francisco Roberto de Albuquerque, ao ser instado pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, notificado pelo Juiz da 23ª Vara Civel de São Paulo que atendia a uma ação movida por parentes de militantes da luta armada que morreram em combate. A covardia e fraca atuação do comandante do Exército favoreceu-lhe o prêmio, ao passar para a reserva, de uma ‘boquinha’ numa das diretorias da Petrobras. Um pró-labore mensal comparável a mais de cinco salários recebidos enquanto esteve na ativa.
A declaração do comandante do Exército abriu as portas para o inicio de uma enxurrada de ações contra os agentes do Estado.
Anos depois uma Comissão Nacional da Verdade seria criada com o aval dos novos comandantes militares, que, ainda, convocaram os presidentes dos Clubes Militares para não se oporem à aprovação do documento no Congresso Nacional. A nova lei deveria esclarecer fatos políticos acontecidos nos anos 64/85. Os sete membros escolhidos para compor a comissão logo mudariam os rumos da lei, e se prenderiam apenas aos fatos ocorridos durante os governos militares; e, ainda, enfocando as investigações exclusivamente em cima dos agentes do Estado. Transformaram a CNV em um tribunal de exceção, cuja finalidade é criar subsídios para modificar a Lei da Anistia e levar ao banco dos réus os que lutaram em defesa da pátria brasileira. A Argentina e o Chile, entre outros países que criaram comissões de investigação, estão aí para mostrar como se condenam militares, muitos à prisões perpétuas.
O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, na primeira reunião entre membros da CNV e das Forças Armadas, declarou:
“Não há restrições ao trabalho da comissão e nem resistência a convocações de oficiais do passado para prestarem depoimento ao grupo”.
Ele repetia a covardia de seu antecessor. Ao facilitar a ação dos membros da CNV, quis dizer, em outras palavras, que entregava em uma bandeja de prata os seus companheiros de farda ao inimigo.
O coordenador da comissão Cláudio Fonteles, declarou à imprensa, depois:
“Colocamos com muita clareza que uma experiência ditatorial não pode se repetir no país.”
As autoridades militares - acovardadas - ouviram caladas e caladas permaneceram, é o que se comenta nos bastidores.
E é aí que eu entro nessa história. Como me sentiria se estivesse na situação dos agentes do Estado, desamparados pelas autoridades militares e vistos com desdém pelos próprios colegas de farda, que desconhecem minimamente os fatos que aconteceram no passado? Sofri ao ver o Coronel Ustra, a vítima preferencial dos comunistas, fazer uma declaração em que teme ter sua casa invadida e ser assassinado, como aconteceu com o ex chefe do DOI-CODI do Rio de Janeiro, coronel Júlio Miguel Molinas Dias. Além do crime, ainda plantaram documentos em sua residência, dizendo terem encontrado provas que indicam que o ex deputado Rubens Paiva foi assassinado dentro de instalações militares.
Eu sofro as dores do mundo. Minhas dores são bem menores do que as que maltratam outras pessoas. Não consigo assimilar como as nossas ‘autoridades do presente’ viram as costas para os seus companheiros de farda que cumpriram ordens superiores e com o risco de suas próprias vidas e de seus familiares, foram à luta e venceram os comunistas. Sem a ação desses bravos companheiros, hoje, provavelmente seríamos uma republiqueta do proletariado à semelhança de Cuba e outros países que seguiram o mesmo caminho orientados pela então URSS. Esses homens salvaram o país, mas não conseguem salvar a si mesmos!
As FFAA nas mãos dos atuais comandantes militares e de alguns generais que se passaram de armas e bagagens para o lado do inimigo, caminham para se transformarem em guardas pretorianas, a serviço dos governantes de plantão. O comandante Militar do Sudeste, general Adhemar da Costa Machado Filho, sinalizou nesse sentido. Em declaração numa palestra organizada pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, em São Paulo, foi enfático: "Somos um instrumento do Estado brasileiro a serviço do governo eleito democraticamente". Essa capitulação o indica como provável substituto do general Enzo Martins Peri no comando do Exército, na reforma que a presidente deverá fazer nas FFAA. O perfil do general Adhemar da Costa Machado Filho o qualifica para integrar os quadros do governo, que se cerca de elementos bajuladores, covardes e pusilânimes!
Quando vejo um membro da Comissão da Verdade usar as câmaras de televisão para dizer que o Exército forja fatos inerentes a desaparecimentos de ex terroristas e ex guerrilheiros, e nenhuma autoridade militar reagir, causa-me mal estar.
O Exército de Caxias está nas mãos de um bando de autoridades militares que confundem covardia com disciplina militar. Omissos, lenientes e traidores; autênticos vendilhões da pátria. Esses chefes militares perderam a dignidade, não respeitam a farda que vestem, e se transformaram em ‘mercadores de medalhas’. Saem por aí tentando agradar aos antigos opositores do regime militar.
Essa derrama de condecorações vem atendendo a toda a malta de bandidos que tomou de assalto o poder. Nenhum bandido travestido de autoridade civil deixou de ser contemplado com o mimo de uma medalha militar. Condecorados ‘por relevantes serviços prestados ao país e às FFAA brasileiras’.
Nossos chefes militares são serviçais e bajuladores por natureza. Aceitam e aplaudem qualquer infâmia que seja imposta às FFAA. Não se sentiram diminuídos, por exemplo, quando o ex ministro da Defesa, Nelson Jobim, nomeou o ex guerrilheiro José Genoino, que lutou contra os militares na Guerrilha do Araguaia, como seu assessor especial, com status maior do que o do próprio ministro chefe do Estado Maior-Conjunto das Forças Armadas. Este cidadão enquanto esteve no Ministério da Defesa foi pródigo em aplaudir punições aplicadas a oficiais generais, como ocorreu com a exoneração do general Maynard Marques de Santa Rosa do Departamento-Geral do Pessoal (DGP). Punição causada pela crítica que o general fez quando da criação da Comissão Nacional da Verdade, chamando-a de ‘Comissão da Calúnia’. O general Santa Rosa foi profético em sua crítica, pois a comissão se transformou num depósito de documentos forjados por criminosos que querem reescrever a história, transformando acontecimentos históricos em parafernálias de mentiras glorificando as ações criminosas dos militantes da luta armada. Os seus atos criminosos querem passar por lutas pela liberdade.
Os homens e mulheres nomeados para compor a comissão não têm preparo profissional para esclarecer fatos históricos, desviando as normas prescritas na lei, para atender aos caprichos menores de suas vocações subversivas às quais se prendem por laços de amizade e serviços prestados a ‘cumpanheros’ presos na repressão militar. São imorais e capciosos. Seriam melhor aproveitados se tivessem sido nomeados para fazer um levantamento das condições carcerárias dos presídios do país; porquanto eles conhecem bem a atividade de advogados de porta de xadrez.
Só encontro um caminho para proteger a integridade física e moral dos agentes do Estado. Partir para o confronto. Tenho por leme que a maior defesa é o ataque! Não adianta ir atrás de advogado, quando os salários mal dão para cobrir os orçamentos familiares. Procurar a Assistência Juridica/JC, que amealha uma quantia descontada no contracheque, é perder tempo. “Não movemos ação contra o Estado (FFAA), não tratamos de ação imobiliária.” Se for tratar de questão familiar criam o maior problema! Essa banca de advocacia e nada, é a mesma coisa! Não funciona!
Ir à luta! Quem sabe no futuro os agentes do Estado serão reconhecidos, e receberão a mesma atenção dos ex terroristas e ex guerrilheiros, que hoje são tratados como heróis nacionais e gozam do privilégio de receberem indenizações e pensões milionárias, sem descontar Imposto de Renda! Os trabalhadores e todos os cidadãos que produzem, pagam Imposto de Renda.
Eu embora seja aparentemente explosivo, sou pacato por natureza. Sou incapaz de matar um animal, qualquer que seja, mas não titubearia em praticar uma desdita se uma vadia de uma ministra chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, uma diretora de ONG como a cretina que tentou me enquadrar na lei porque chamei a Comissão da Verdade, de ‘Comissão da Calúnia’, quaisquer dos membros dessa comissão, ou um procurador comuna, - se atrevesse entrar em minha casa, comandando um grupo de policiais para apreender documentos. Eu cortaria a garganta do (a) infeliz e socaria a testa para que a cabeça se desprendesse do tronco. O faria sem dó e arrependimento.
Alguém precisa dar uma demonstração de força, repelindo as investidas da ‘comissão da calúnia‘, e de promotores públicos que se prestam ao papel de advogar familiares de bandidos.
Não consigo assimilar que as autoridades militares calem diante de secretarias e ONGs ditas de direitos humanos.
As nossas autoridades militares têm muito de prostitutas de bordéis de beira de estrada: apanham e gostam. São tratadas como cachorros, e agem como tal! Perdem a essência do soldado quando colocam no ombro uma estrela de general!
Repito o que tenho dito ultimamente. Não se deve atender a chamados de ‘comissão da calúnia’, nem de procuradores públicos. Esses senhores e senhoras não respeitam a instituição militar.
Se algum agente do Estado conservar em seu poder documentos ou informações que levem ao paradeiro de militantes da luta armada mortos ou desaparecidos em combate, que os destruam; e jamais dêem a chance que seus corpos sejam encontrados e nem revelado como foram executados. Esses assassinos mortos, - terroristas e guerrilheiros, - não merecem compaixão, pois traíram o país e os familiares. Que os seus restos mortais descansem em paz nos jazigos dos impuros!
A maioria dos agentes do Estado já passou dos setenta anos de idade. Muitos são octogenários, vivem em cadeiras de roda, assistidos por enfermeiras. A ‘comissão da calúnia’ corre o risco de não encontrar quem levar aos tribunais, morrendo na praia.
Mesmo ‘para lá de Bagdá’, os nossos guerreiros não se separam de suas pistolas de 9mm que mantém coladas ao corpo, prontos para receber os recalcados com pompa e circunstância. Eu sugeria aos familiares dos nossos bravos guerreiros que os defendam, como eles defenderam a pátria comum. Não permitam que o seu sossego seja perturbado com a presença de um oficial de justiça, intimando-os para comparecer em uma comissão ou promotoria pública. O caminho é o mesmo: recebam os paus mandados com uma rajada de tiros, principalmente se estiver presente um membro da comissão ou um procurador público. A porta do inferno é a serventia dos fariseus!
O segundo ponto que se deve levar em consideração é a ousadia de quantos se julgam senhores da terra e acham que podem desmoralizar as FFAA e Forças Auxiliares, impunemente. Que o pessoal da ativa, da reserva e reformado, organizem grupos de investigação para fazer um mapeamento desses bastardos. Deve-se realizar uma faxina étnica, se acontecer um novo confronto. Que não se repita a ‘ditadura branda’ do passado! Che Guevara, o ídolo da esquerda festiva, ensinou o caminho das pedras! É vencer e vencer, e seguir o seu exemplo!
José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB
Rio de Janeiro, 07 de fevereiro de 2013.
Fonte: recebido por mensagem eletrônica
http://www.jgpimentel.com.br
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