Hino Rio-grandense:Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o vinte de setembro
O precursor da liberdade Refrão que acompanha cada estrofe:
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo ***
E esta é a estrofe que ficava entre as outras duas e que foi suprimida, em 1966:
Que entre nós, reviva Atenas
para assombro dos tiranos
Sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos Na página do José Luiz Previdi, de 16 Set 09, encontrei a curiosidade abaixo:
"O Hino tem uma história polêmica e curiosa, que será apresentada no documentário “
Hino Rio-Grandense – a Incrível História”, no próximo domingo, dia 20, na RBS TV, logo após o Teledomingo.
Em 1838, na Batalha do Barro Vermelho, em Rio Pardo (RS), durante a Guerra dos Farrapos, os rebeldes cercaram os soldados leais ao Império e prenderam o maestro Joaquim José de Mendanha e os músicos da banda do 2º Batalhão de Fuzileiros Imperial.
Foi assim, que um maestro mineiro, monarquista, mulato, prisioneiro, foi obrigado a compor uma música para o Hino da República Rio-Grandense. Alguns anos depois, o maestro foi acusado de plagiar uma valsa de Strauss e a letra teve três versões, sempre contestadas; a que prevaleceu foi de um poeta popular conhecido como Chiquinho da Vovó.- Foi num salão de baile de Rio Pardo – diz o diretor do documentário, Rene Goya Filho – que o hino foi apresentado pela primeira vez e para lá levamos um grupo de músicos para apresentar a versão considerada como original no mesmo local em que o Hino Rio-Grandense foi executado pela primeira vez.
“
Hino Rio-Grandense – a Incrível História” tem direção de Rene Goya Filho e roteiro de Grace Luzzi. Participação especial da cantora Vanessa Longoni e músicos convidados, regidos pelo maestro Fernando Cordella. A trilha sonora original é de Duca Leindecker, fotografia de Pablo Chassereaux e direção de produção de Glauco Urbim.
O documentário é uma produção do Núcleo de Especiais da RBS TV que tem direção geral de Gilberto Perin."
Assista o programa, são menos de vinte minutos:
COMENTO: independente de ter ou não sido composto por um prisioneiro, ou de ter como base uma valsa de Strauss, o Hino Rio-Grandense é muito bonito e suas duas pequenas e simples estrofes são fortes no simbolismo da cultura gaúcha.
Quanto ao vídeo da RBS/TV, de excelente qualidade. Só peca no "sotaque" da cantora: apesar da tal "globalização" (imposição cultural por parte da rede Globo, não confundir com a outra, econômica) é imperdoável cantar "farol da divinda
di ... foi o
vinti de setembro o precursor da liberda
di", e desejar que "sirvam nossas façanhas
di modelo a toda terra".
Parabéns aos meus conterrâneos sul riograndenses na data em que comemoramos a epopéia farroupilha!