Sobre o triplo assassinato em Brasília
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Sobre o triplo assassinato em Brasília


Depois de periciar o local do crime mais de dez vezes, correndo o risco de "contaminar" a cena do crime com a entrada, permanência e saída de pessoas no local, a Polícia Civil do DF anuncia já ter chegado ao nome do assassino do advogado e ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, de 73 anos de idade, morto em 31 de agosto passado, junto com a mulher e uma empregada.
Sem a intenção de minorar a extensão da violência que se abateu sobre as famílias das vítimas, me parece que um importante detalhe noticiado com o crime não está sendo devidamente explorado por nossa "imprensa investigativa".
Refiro-me ao suposto e pouco noticiado recebimento de uma indenização no valor de 84 milhões de reais, em doze parcelas de 7 milhões, que o falecido advogado teria recebido via judicial.
Me intrigam as razões que levariam uma pessoa fazer juz a mais de 1 milhão de reais, valor equivalente a uma pequena mega-sena - ou para os apreciadores, um valor igual à premiação de um dos vários "reality shows" (?) recentemente apresentados pela televisão - por cada ano de vida.
Que tipo de causa judicial pode alcançar tal valor? Quantos processos iguais circulam ou circularam pelos nossos tribunais? Quantas pessoas já fizeram juz a indenizações de tal porte? Por que tal assunto não tem sido noticiado com mais profundidade? E, o que mais me interessa: quem paga tais indenizações?
ATUALIZANDO (19 Set 09):
Como eu temia, o jornalista Claudio Humberto informa em sua coluna de hoje (19 Set 09) que os honorários que espantaram o País, recebidos pelo falecido advogado, correspondem a uma causa que ele e o advogado Orlando Vaz ganharam em 2002, no Superior Tribunal de Justiça. Eles representaram a Federação Brasileira de Hospitais contra a União, reivindicando a diferença de pagamento do SUS, no valor de R$ 517,9 milhões, em face da conversão em junho de 1994 do cruzeiro em Real. Os dois advogados fizeram juz a honorários de R$ 76 milhões cada um, valor que somente agora começou a ser pago em parcelas de R$ 7 milhões. Assim, fica esclarecido o motivo do valor dos honorários e o mais importante, quem pagará o total da ação e honorários: eu, tu, ele, nós, vós, eles, em suma os otários pagantes de impostos e responsáveis econômicos pela incompetência governamental que erra e nos repassa os custos de seus erros.



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