"Timochenko", na Venezuela
Carreira Militar

"Timochenko", na Venezuela


por Jorge Iván Posada Duque 
Habitantes de Tibú, Norte de Santander, asseguram ter visto Rodrigo Londoño Echeverri, vulgo "Timoleón Jiménez" ou "Timochenko", chefe  das FARC, em novembro de 2011, montado em uma moto.
Esta es la última fotografía que se conoce de "Timochenko", de noviembre de 2009.




Também dizem que em uma tarde, o chefe da narcoguerrilha estaria próximo ao rio, na vereda Tres Bocas, junto a um grupo de subversivos.
Há também um boato que se espalhou pela aldeia (desde que ele assumiu a chefia das Farc), de que o teriam visto tomando cerveja no corregimento de Petrólea. 
Porém, nada disso é correto. O chefe das FARC está na Venezuela.
Até agora ninguém havia confirmado.
Porém "Daniel", um desmobilizado da Coluna Móvel Arturo Ruiz e Resistencia Barí, que pertenceu por treze anos ao grupo narcoguerrilheiro assim disse a El Colombiano.
26 de janeiro de 2012. 
São 10:00 horas e em um dos sete municípios de El Catatumbo se encontra "Daniel", um homem dessa região de montanhas, que conhece os rios e os segredos que existem no coração da mesma. Os habitantes da vila onde vive, como os demais residentes dessa região rica em petróleo e onde pululam os arbustos de coca, estão há dois meses atemorizados pelas ações armadas da guerrilha.
O ataque mais grave foi em 13 de janeiro, quando dois bandidos detonaram um carro-bomba no corregimento de Petrólea (Tibú), ao passar uma patrulha da Polícia, matando três pessoas e destruindo uma residência.
"Por aqui há o temor de uma vingança das FARC em função dos anos em que esta zona foi dominada pelo Bloco Catatumbo das Autodefesas", diz "Daniel", que também assegura que todas estas ações obedecem à ordem de "Timochenko", no sentido de que a guerrilha, em 2012, deve dominar esta região.
Os primeiros disparos e explosões provocadas pelos guerrilheiros da Frente 33 (comandada por "Jimmy Guerrero") foram contra a Estação de Polícia de El Tarra, à meia noite do dia 31 de dezembro passado. Dois policiais resultaram feridos.
"No corrente ano, as FARC atacaram a Alcadia (Prefeitura), a Polícia, instalaram um carro bomba na via que vai para Cúcuta e há uma presença massiva de bandoleiros. Se a situação continuar assim, estou pensando em despachar desde Ocaña", disse Jorge Arnas, prefeito de El Tarra.
Em primeiro de janeiro, bandoleiros da Coluna Móvel Arturo Ruiz y Resistencia Barí atravessaram um carro com explosivos na área urbana de Tibú, posteriormente desativado.
Na terra onde a lei é imposta pelo dinheiro do narcotráfico, o Governo criou a Força Tarefa Vulcano, em 23 de dezembro, com a missão de promover operações ofensivas e sustentadas contra as FARC, o ELN, o EPL e as BaCrim (bandas criminales = quadrilhas do crime organizado).
Mas é um segredo de Polichinelo que os 8.000 soldados que estão metidos naquela área buscam o homem que tem falado de paz ao país ao mesmo tempo em que segue dando instruções de seguir matando soldados e policiais e de lançar botijões explosivos que matam civis no sul colombiano.
De acordo com a Corporação Novo Arcoiris, as FARC cometeram 140 ações violentas em janeiro passado. Os militares traçaram o objetivo de liquidar "Timochenko" em um ano.
"Porém ele está na Venezuela, exatamente no estado de Zulia, na zona limítrofe com Colombia, ao norte do Río de Oro (Tibú), a ocidente de uma população chamada El Cruce de Venezuela e ao sul do río Lora. Se move em uma área aproximada de 10 kilometros quadrados, montanhosa e selvática", diz "Daniel".

"Timochenko" passou a fronteira
Ao soldado profissional Juvenal Delgado, uma cobra matou a Goten, seu cão anti-explosivos, enquanto estava rastreando as minas anti-pessoal que milicianos deixaram ativadas próximo ao oleoduto da Petronorte, que destruíram em 11 de janeiro em El Aserrío, corregimento de Teorama.
"Sem Goten já não vale a pena esta guerra, dois anos com meu cachorro e uma cobra o mata por perseguir a guerrilha. Vou pedir minha baixa", diz o militar sem esconder sua amargura, a bordo de um helicóptero Black Hawk (onde levam um guerrilheiro detido e algemado), que sobrevoa as montanhas rumo à Brigada XXX, em Cúcuta.
Perto dali, os guerrilheiros das FARC sobem e baixam pelos ríos Sardinata, Río Nuevo, Tibú e Río de Oro, controlando a saída e comercialização da coca para a Venezuela. "Com o ELN, o EPL e 'os Urabeños' há um pacto porque todos se beneficiam do narcotráfico", explica "Daniel".
La Cooperativa e o Rio de Oro são os dois pontos do país de onde "Timoleón" se aproxima, segundo explica o desmobilizado. "Em La Cooperativa está a Compañía 29 de Mayo das FARC e no outro extremo, a Compañía Catatumbo. É uma guerrilherada de 80 homens, que são o último anel de segurança do comandante 'Timoleón'", reitera "Daniel".
Segundo o Exército, em El Catatumbo se encontra a unidade norte do Bloco Magdalena Medio, comandado por "Pastor Alape", outro membro do Secretariado das FARC. São 372 guerrilheiros, com aproximadamente 200 milicianos, porém a Força de Tarefa Vulcano não pode confirmar se "Timochenko" está na Venezuela.
"Não poderia dizer com precisão aonde está 'Timochenko', porque seria irresponsável de minha parte ratificar ou afirmar algo como isso. Porém a condição de fronteira facilita à guerrilha evadir a ação das Forças Militares. Temos bem claro as limitações que gera para nós os limites com Venezuela e por nenhum motivo vamos ultrapassá-los", assegura o General Marco Lino Tamayo, Comandante da Força Tarefa Vulcano.

Um guerrilheiro boa vida
"Daniel" recorda os dias de 2005, o último ano que "Timochenko" esteve na Colombia. "O acampamento se encontrava em Convención, no corregimiento de Honduras. O Exército esteve bem perto e nesse mesmo ano ele teve que mover-se para o norte, em toda a linha de fronteira. Desde então ele está na Venezuela".
Afirmação que coincide com o ano em que se deu a primeira reunião entre o General Henry Rangel Silva (atual ministro de Defesa de Venezuela) e "Timochenko", segundo ficou evidenciado nos correios que o abatido "Raúl Reyes", manteve com o Secretariado. Apesar de não se saber onde se produziu o dito encontro, analistas do conflito já suspeitam.
"A ele depois da 'zona de distensão' encarregaram a tarefa de ampliar a plataforma de relações internacionais das FARC.  As autoridades da Venezuela o protegem", expressa "Daniel".
Segundo o desmobilizado, "Timochenko" padece de diabetes avançada e é muito rigoroso. "Ele tem a enfermidade controlada, porém ele come muito bem, está gordo, toma vodka e gosta da boa vida. Agora anda com uma operadora de radio e 40 guerrilheiros das companhías Catatumbo e 29 de Mayo que são seu primeiro anel de segurança". Os pontos onde se abastecem os guerrilheiros na Venezuela, são El Cruce e Machiques, atravessados pela via que conduz a Maracaibo.

Conflito nas FARC
A presença de chefes guerrilheiros na Venezuela (denunciada pelo governo de Álvaro Uribe Vélez ante a OEA, em 22 de julho de 2010) não foi desmentida nem confirmada pelo atual Governo. Inclusive, em 16 de novembro passado, Juan Carlos Pinzón, Ministro da Defesa, assegurou que "desconhece" se o chefe das FARC está no país vizinho.
O debate não só está lançado entre o Governo e a opinião pública, que exige que se confirme ou desminta se o guerrilheiro está no país bolivariano. Também no interior das FARC há uma "guerra fria" entre os blocos e frentes que estão no país (enfrentando as Forças Militares) e os chefes guerrilheiros que estão na Venezuela.
Assim explica "Daniel": "O 'Mono Jojoy' (abatido), siempre criticou a 'Timoleón' porque era um homem tímido que não gostava de se meter no barro. Era muito raivoso mas de pouca ação. É certo que não estava convencido de receber o comando e que agora, com a ordem de lutar, está tentando passar a imagem de que tem mando e que inclusive está disposto a entrar na Colombia".
São 15:00 horas e os alto-falantes dos  helicópteros do Exército convidam  os guerrilleros das FARC para que entreguem pistas sobre o paradeiro de "Timochenko". Enquanto isso, "Daniel", sai de sua casa rumo a Cúcuta. Antes de se despedir, diz sorrindo, "o certo é que 'Timoleón' está sim na região de El Catatumbo, mas no lado da Venezuela".
Fonte:  tradução livre de El Colombiano 
COMENTO:   enquanto não se esclarece a verdade sobre a presença dos chefes da narcoguerrilha dita ideológica comunista e o ministro da defesa colombiano faz "cara de paisagem" sobre o assunto, as autoridades do Mico Mandante venezuelano anunciam a prisão de "Martin Llanos", um chefete das quase extintas Autodefesas Unidas de Colombia (AUC) - paramilitares, bandidos também, mas anticomunistas - que se homiziava em terras bolivarianas. Quanto aos cumpanhêrus das FARC e ELN, nada se fala, nem se pergunta!!!



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